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Dia de combate à Aids: a importância da prevenção e do diagnóstico precoce

Por mais que o vírus e a síndrome sejam conhecidos há décadas pela humanidade, ainda existem muitos tabus e estigmas relacionados à doença. Um deles é a falsa impressão de que a Aids é algo distante, que afeta apenas os outros.

O tema foi abordado recentemente na produção nacional “O Pequeno Segredo”, filme baseado na vida de Kat, uma menina que portava o vírus do HIV desde que nasceu. Ela foi adotada aos cinco anos de idade pela família Schürmann, conhecida em todo o Brasil por serem os primeiros brasileiros a darem a volta ao mundo a bordo de um veleiro.

O HIV é o vírus da imunodeficiência humana, que ataca o sistema imunológico, responsável pelas defesas do organismo. A Aids é o estágio mais avançado da doença causada pelo HIV. Podem levar anos até que a Aids se manifeste no organismo de quem possui o vírus. Por isso, é fundamental saber desde o início sobre a existência dele.

A única maneira de saber se alguém possui o HIV é através de testes realizados a partir da coleta de sangue. Por isso, é essencial fazer o exame caso você tenha sido exposto a uma das formas de contágio do HIV, que são: relação sexual sem o uso de preservativo ou compartilhamento de seringas. Outra forma de contágio acontece de mãe para filho, durante gestação, parto ou amamentação. A detecção é feita através dos anticorpos do HIV, por isso, o ideal é realizar o exame de 30 a 60 dias após a exposição.

Diagnóstico precoce aumenta expectativa de vida

Quanto mais cedo for detectado o vírus, melhor o efeito dos coquetéis antiaids, que contribuem para a qualidade de vida de quem é soropositivo. No Brasil, 28% dos diagnósticos acontecem quando a pessoa já está em estágio avançado da doença, com afecções e sistema imunológico prejudicado pela Aids, além da possibilidade de ter transmitido o HIV a outras pessoas.

A recomendação do Conselho Federal de Medicina é de que os médicos solicitem periodicamente os exames sorológicos, que identificam a presença do HIV. Além disso, os médicos devem orientar seus pacientes sobre a prevenção do contágio da doença.

Saber precocemente do contágio pelo HIV não apenas aumenta a expectativa de vida do soropositivo, como também evita que o vírus seja transmitido a outras pessoas. Mães soropositivas, por exemplo, têm 99% de chance de terem filhos sem HIV se seguirem o tratamento recomendado no pré-natal.

A prevenção é a melhor forma de se proteger contra o HIV, por isso, as melhores recomendações ainda são: manter relações sexuais com uso de preservativo, não utilizar seringas que tenham sido usadas por outras pessoas e realizar o exame do HIV, principalmente se for exposto a uma das situações anteriores. Converse com seu médico, que poderá orientar sobre a prevenção e recomendar a realização de exames.

A prevenção, o diagnóstico precoce e o combate ao preconceito são ações essenciais para esta causa.